Toca do Juban Albino™

...e dos Exploradores da Dragon Cave

Diário de Campanha: A alvorada da liberdade

Published by Cássia under , on 01:10
Hey, aventureiros!

Sim... eu de novo! E de novo, atrasada... Tanto o nosso amigo de pelos desbotados, quanto o mateiro de orelhas pontudas e eu ( na verdade, a Cássia tá com problemas, eu só bebo muito rum e esqueço de acordar.) estamos com problemas na vida pessoal. Está tudo se ajeitando, é só que a vida - aquela meretriz- adora mandar os problemas todos de uma vez só!

Enfim, venho aqui trazer mais um capítulo do Diário de Campanha.

Não sei quantos de vocês querem saber o que aconteceu com o juban desnutrido... já que só uma pessoa comenta aqui. Fica complicado saber quantos dos que leem também anseiam por mais um capítulo.

Mas isso não impede que a aventura continue. Rubio e Nina estão ali, tentando ajudar.. vamos ver onde isso vai dar.

Sem mais enrolação, mais um capítulo pra vocês.

Alexandra, a Guerreira Ruiva



---------------~§~----------------

«!»  O anoitecer chegava rápido, o vento cada vez mais frio. No céu, não era possível notar nenhuma estrela, nem mesmo a lua era vista. Seria uma noite escura. Nina relutava com ela mesma para conseguir a lenha, evitando olhar o cenário em volta com mais atenção. Dentro da jaula, Rubio observava o juban alimentar-se lentamente, ainda que notavelmente desaprovando o sabor.

<Nina> Nina suspirava, enquanto ela pegava pedaços de madeira das jaulas quebradas. O suficiente pra que pudesse fazer uma fogueira relativamente grande, pros três. Ela tentava não olhar pros interiores das jaulas, obviamente, já teria pesadelos suficientes só pelo que ela tinha visto... Imagina vendo mais coisas sozinha? Pior, a noite tinha que ser escura demais... Nem a Lua ali pra alegrar pelo menos um pouquinho aquela noite...

<Rubio> --Parece que você não é de minha tribo, mas ainda assim, é um irmão.-- A torta não o agradara então pegava um pão e fazia o mesmo, deixando em seu colo. "Nina está demorando, espero que não tenha se perdido ou algo acontecido à ela."


<B'hyym'> B'hyym' ainda nem tinha terminado de comer a torta quando outra comida foi colocada próximo dele. Ele fez o mesmo com aquela outra... Carne. Sentiu o cheiro e deu uma lambida e sentiu um gosto diferente, mas igualmente ruim. Ninguém tinha uma carne que prestasse? Bom, pelo menos ele estava sendo alimentado... E o ambiente estava bem mais quieto e tranquilo, e não havia nada que estivesse ferindo.

<Nina> Nina, ao pegar os pedaços de madeira, tentava andar carregando aquilo. Toda atrapalhada. Ela derrubava algumas, vez ou outra, mas aí ela tentava agachar pra tentar pegar aquele que caía, pra tentar voltar ali. E tentava voltar rápido. Aquilo a deixava deprimida, aquela noite escura.

«!»  A pequena, ainda que atrapalhada, conseguia chegar, enfim, na jaula, com um tanto considerável de lenha. O piso parecia ser próprio para suportar uma fogueira simples, sem grandes complicações. Uma fina chuva começava a cair.

<Nina> Nina sorria um pouco sem graça, enquanto despejava as madeiras no piso. Ela parecia com os braços doloridos, graças a uma expressão de dor nítida ali. As mãos pareciam tremer um pouco, pelo esforço físico. 

<Nina> - ...Pronto, t-tá aqui...
<Nina> Disse, enquanto ia até o Sr. Rubio pra pegar a pederneira na mochila. Pra tentar acender.

<Rubio> --Enfim chegou, estava preocupado contigo.-- Ao vê-la chegar com os braços cheios de lenha, levantava-me para ir ajudá-la, pegando aquilo e formando uma fogueira no centro da jaula, para que todos pudessem se esquentar. --Bem, agora só precisamos acender.

<B'hyym'> Quando a chuva começou, B'hyym' emitiu um rosnado, não expressava algo realmente. Ele pegou o que ainda tinha daquela carne de gosto ruim e foi-se lentamente para o canto mais distante, onde tinha menos chance da chuva atingir, se é que existia algo assim. E, assim, continuou a comer.

«!»  Mesmo com os braços exaustos, e as mãos trêmulas, a pequena se esforçava para acender a fogueira. E depois de algumas tentativas, ela consegue uma faísca e inflama a madeira ali.

<Nina> Nina sorriu, enquanto acendeu, mesmo com as mãos tremendo. Ela suspirou, enquanto afastou-se um pouquinho. E sentou próxima à fogueira, abraçando-se.

<Rubio> --Agora temos como passar a noite. Ao menos aquecidos ficaremos.-- Dizia sentando próximo a Nina, enquanto olhava para o juban que ia para o outro lado da jaula, aparentemente estranhando aquilo.


<B'hyym'> B'hyym' comia em silêncio quando viu aquela coisa bizarra, ele nunca tinha visto de tão perto assim,  logo ali... Fácil para ele alcançar. Ele pegou o pouquinho da comida que ainda tinha - estava realmente comendo devagar - e se aproximou, conforme ele se aproximava, sentia o corpo aquecer, era bom... Ele se aproximou mais, talvez estava se aproximando demais.


<Rubio> ---Hey. Tome cuidado!--- Ao vê-lo se aproximar, achava que ele só queria se esquentar, mas ele ia se aproximando muito e isso não acabaria bem. Tinha de intervir. Levantava-me então de súbito, indo até ele e o parando para evitar que se queimasse.

<B'hyym'> Ao sentir o toque, B'hyym' rosnou irritado e se afastou e ficou encarando a conhecida desconhecida criatura. Com certeza não era a mesma criatura que ele via no lago, que imitava os movimentos dele - que B'hyym' até imaginava que poderia ser ele mesmo, o que era estranho.

<Rubio> Parecia que ele não havia gostado da aproximação, mas se não tivesse feito aquilo, ia ferir-se. Aquilo era necessário, mas ele parecia não entender. --Nina, parece que ele não conhece as coisas. Ele realmente queria pegar o fogo pra si ?

<Nina> - ...N-não conhece as coisas? Como assim?
<Nina> Nina arregalou os olhos nitidamente confusa. Que coisa bizarra. 

<Rubio> --Eu tentei falar com ele em um dos dialetos de minha raça e ele parece não entender. Não fala nada que possamos entender e agora, tentou tocar o fogo.-- Falava olhando para a garota enquanto coçava a juba albina. --Parece que ele não conhece o mundo fora daqui. Tudo que ele deve conhecer é este lugar.


<B'hyym'> B'hyym' logo voltou a sua atenção para aquela coisa quente e bonita. Ele queria tocar aquilo, ele se aproximou novamente e tentaria colocar a pata no objeto dançante.

<Nina> Nina parecia nitidamente confusa, assustada. Não fazia o menor sentido aquilo. Havia como ser tão desumano assim?? Ela suspirou. Encolheu os ombros, chateada, enquanto falou.
<Nina> - ...Isso é triste demais...
<Nina> Ela então notou a criatura tentando aproximar-se de novo do fogo, e apontou pra ele rapidamente, para que Rubio visse - e impedisse.

<Rubio> Ao ver o sinal de Nina, percebia que o juban tentava novamente tocar o fogo e então segurava seu braço. --Isto aqui, não pode ser tocado. Isso queima.-- Dizia em dialeto jubânico enquanto lentamente - segurando o braço dele - aproximava sua pata do fogo para que sentisse que aquilo o faria mal.

<B'hyym'> Ao ser tocado novamente, B'hyym' tentou afastar o braço da pata daquela criatura, emitindo, novamente, um rosnado, mas não conseguiu e acabou tocando o fogo e sentir uma ardência e ele reproduziu um som que poderia ser interpretado como dor, algo parecido e, instantaneamente, tentou se afastar e deitou-se num ponto afastado, para o mesmo canto que estava.

<Nina> Nina se encolheu de medo daquilo. Ela tinha ficado com dó, mas estava com medo demais de ajudar ele. Principalmente pela tentativa de ataque que ela tinha sofrido ali, que Rubio tinha impedido...

«!»  A chuva engrossava aos poucos, e algumas goteiras deixavam a jaula úmida. O frio era forte, mas a fogueira improvisada garantia um ambiente agradável dentro do possível. A noite enfim chegava com toda a sua escuridão, e o vento parara de soprar, deixando apenas a chuva cantar pelo decorrer do tempo. Na jaula, Nina, Rubio e o juban, ainda sem nome, que comia lentamente. A fome também chegava para Nina e Rubio, que fizeram apenas o desjejum adequadamente.

<B'hyym'> Estava frio e úmido, da mesma forma que ela passou vários dias ali. Mas em nenhum daqueles dias tinha algo como tinha agora. Ele não queria sentir aquela dor novamente. Mas existia aquele calor agradável. B'hyym' levantou-se mais uma vez e foi para próximo do calor, mas não iria se aproximar tanto, e deitou-se novamente.

<Rubio> --Parece que ele entendeu.-- Dizia voltando a me sentar próximo a garota. Então lembrava-me das provisões que carregava comigo. Aquela carne seca não agradava muito, mas poderia servir como última opção quando a fome batesse. Pegava algumas das tiras, mordendo uma, oferecendo à Nina e ao juban que agora havia se deitado.

<Nina> Nina balançou a cabeça, suspirando mais aliviada, enquanto ela aceitou uma tira daquilo. O ideal era tentar cozinhar algo, mas com uma criatura daquelas ali, tentar fazer isso podia atrair atenção demais pra ela... 
<Nina> - ...Ainda bem... Pelo menos isso...

<B'hyym'> Aquilo... Aquilo sim parecia carne. Não era tão bom quanto a carne recém abatida, mas era a melhor coisa que ele comeu nesse dia. Ele comeu a carne desesperado, quase engasgando-se. - ...bir...m... - Ele reproduzia algum som enquanto comia.

<Nina> Nina mordiscou aquilo, com uma expressão um pouco tristonha. Ela se ajeitava, tentando se esquentar, e esquentar um pouquinho a carne, antes de comer.

<Rubio> --Agora que lembrei-me que tinha isso comigo. Não gosto muito disso, por isso esqueci. Pode ficar com mais algumas.-- Dizia oferecendo mais umas tiras ao juban. E percebia que Nina estava com uma expressão estranha ao comer. --Desculpe-me, esqueço que não é como eu para comer algo cru.

<Nina> - ...T-tá tudo bem... Melhor... melhor que tentar cozinhar, e atrair a atenção dele...
<Nina> Disse, sinceramente. Era nitido que a garota ainda estava bem evasiva quanto ao Leão Selvagem ali.

«!»  Todos comiam , tentando suprir as necessidades. O juban que ali vivia, era o primeiro a parar de comer, parecia incomodado, resmungara um pouco, deitara e tentava dormir, ali próximo ao fogo. Rubio se espreguiçava longamente, e permanecia sentado. Nina encolhia-se o máximo que podia, tentando cochilar ajoelhada, abraçada as próprias pernas. Era uma noite difícil pra descansar adequadamente, mas era apenas uma noite. Ao longo da mesma, a chuva ia se dispersando, e uma nova manhã chegava.

<B'hyym'> B'hyym' acordou cedo, como sempre, junto com o nascer do sol. Ele estava mais disposto, ainda fraco, mas muito melhor comparado com o dia anterior. Ele viu que aquela enorme criatura estava acordada. B'hyym' colocou-se de pé, sobre as quatro patas - como ele aprendeu a andar no seu tempo vivido - e encarou a criatura branca. - BirrGRRuÍm. - Aquilo, com toda certeza era uma palavra no meio de rosnados e rugidos.

<Rubio> A luz do sol começava a bater em meu rosto me despertando de um cochilo, juntamente com o juban falando próximo a mim. --Então você fala... Mas o que quer dizer com Fera ?

<B'hyym'> - BiRRgRRuÍm! - A palavra ainda estava lá, mas a voz estava mais feroz.

<Nina> Nina acordou com aquilo, com os rosnados, e com Rubio ali conversando no  mesmo idioma dos dois.  Ela se assustou um pouco, enquanto se afastava dos dois por um segundo. Melhor que Rubio cuidasse disso...

<Rubio> A mesma palavra era usada. Se ele fala, não sabe muito como se expressar e estava se exaltando. "O que ele quer ?" Não sabia quanto tempo ele estava me encarando, mas estava. Queria algo comigo. Queria algo que tinha. Deveria ser o óbvio. --Acho que deve querer isso.-- Dizia pegando duas tiras de carne e o entregando.

<B'hyym'> B'hyym' pegou as tiras de carne com a boca e as devorou ferozmente, como um animal selvagem. Bom, era pouco, mas era alguma coisa... E, então, ele voltou a observar a enorme criatura, mas agora B'hyym' se movimentava em volta da mesma.

<Rubio> --Se eu for te dar mais, ficarei sem alguma para emergência.-- Dizia ao juban estranho. E ao ver Nina afastada e, aparentemente assustada tentava a acalmar. --Fique tranquila pequena, ele tem fome e sabia que eu tinha algo. Acho que sair para caçar pode ser uma boa ideia. Assim ele se alimenta e fica quieto por um tempo.

<Nina> Nina pareceu um pouco confusa com aquilo. Ela suspirou, encolheu os ombros e falou numa voz ainda um pouco hesitante. Mas grata que o Rubio tinha ficado ali, porque ela certamente estava com medo de que a criatura tentasse atacar ela.
<Nina> - ...P-pode ser... S-se acha que vai acalmá-lo...

<B'hyym'> Depois de um tempo observando a enorme criatura, a atenção de B'hyym' voltou para a pequena. Ele se aproximou, não eram claras suas intenções, mas, aparentemente, não iria dar uma investida contra a pequenina.

<Nina> Nina ficou um pouco assustada. Ela olhava pra ele, ainda um pouco aflita com aquela situação. O que diabos ele ia fazer ali? Ela não se esquecera da tentativa de atacá-la ontem. Então ela, por via das dúvidas, se aproximou do Rubio, apenas para casos de tentativas de ataque contra ela...

<B'hyym'> B'hyym' moveu a cabeça, como se procurasse e tentasse compreender o que a pequena fazia. Ele se aproximou novamente, aproximaria o suficiente para quase encostar o rosto na criatura, se isso fosse de alguma maneira possível.

<Nina> Nina parecia um pouco assustada com aquilo. Ela se mantinha afastada, o máximo possível dele, até que estava já quase grudada no Rubio. E ele não estava fazendo nada. Ele... não iria fazer nada, é? Ela tentou controlar o nervosismo. Fechou os olhos. Deixou os músculos retesarem inconscientemente.

<Rubio> Sentindo a pequena encostar-se em mim, nervosa e com medo do que o juban faria, intervia, mesmo sem ver que ele tinha alguma intenção que demonstrasse perigo aparente à Nina. --Fique tranquila pequena, ele deve estar querendo conhecê-la, sentir seu cheiro. Lembre-se que ele não conhece o mundo fora daqui. E que eu estou do seu lado.-- Dizia segurando nos ombros da pequena levent.

<B'hyym'> B'hyym' estava próximo o suficiente para que pequenina sentisse a respiração dele. Logo ele se afastou e sentou-se, olhando o lado de fora através das grades.

<Nina> Nina se assustou com aquilo, ficando meio pálida com aquilo. Quando ela notou que ele se afastou, ela deixou a respiração dela soltar imediatamente. Ela parecia aliviada.

<Rubio> --Viu ? Era só isso. Por isso preferi não interferir.-- Falava ao vê-la acalmando-se. --Temos de deixá-lo mais à vontade, para começar a entender o que ele quer e fazer ele começar a confiar em nós.

<Nina> - ...A-ainda tô com medo q-que ele tente me atacar...
<Nina> Disse, sincera, enquanto abraçava as próprias  pernas.

<Rubio> --Se ele tentar algo, eu impeço. É uma promessa.-- Dizia estendendo a mão à ela, como um meio de firmar a promessa e levantá-la para que saíssem dali e fossem caminhar.

<Nina> Nina suspirou. Ainda estava com medo daquilo. Ela aceitou a mão dele, delicadamente, enquanto se levantava. Bem, Rubio era mesmo forte. E não só fisicamente, mas emocionalmente também, principalmente por ver uma pessoa desse jeito, sem estar com medo. Ela suspirou, ainda um pouquinho temerosa.

«!»  Ainda de dentro da jaula, era possível notar que a chuva cessara. O sol, ainda preguiçoso no horizonte, dava claros sinais que aquele seria um dia quente. O chão de terra surrada deixava algumas poças pelo caminho, mas a chuva não tinha sido o suficiente para transformar a terra em lama. Seria um dia agradável, ao que tudo indicava.

<Rubio> --Vamos então. Temos de alimentar o... Mʼádnʻ e aproveitar para sair desse lugar deplorável.-- E ia me dirigindo até a saída da jaula, esperando que Nina e o juban o acompanhassem.

<Nina> Nina balançou a cabeça, e saiu da jaula também. Com um olhar um pouquinho aflito ainda. É, ela precisaria ficar um tempo pra se acostumar com a presença da fera.

<B'hyym'> B'hyym' notou que as duas criaturas que estavam ali se retiraram para fora da jaula. Ele foi até próximo a saída e ficou parado ali, observando. É assim? Simples assim? Ele pode sair? Não farão nada? B'hyym' moveu-se hesitante, observando cada movimento além do dele mesmo, para ter certeza de que ninguém faria algo contra ele.

<Rubio> --Venha conosco. Vamos procurar algo para comer.-- E fazia um sinal, imitando o gesto de comer, para que ele entendesse as intenções de sair dali.

<B'hyym'> B'hyym', então, terminava de sair da jaula. Ele sentiu a terra sob suas patas, aquela sensação era maravilhosa. Havia uma expressão no rosto de B'hyym', havia? B'hyym' andou por perto, ele sentia o gosto da liberdade... Finalmente. E o gosto era doce, como nenhuma carne jamais seria.

«!»  Era notável a felicidade ímpar do juban. Sua reação, sua expressão, os passos sobre a terra, tudo demonstrava, que mesmo muito tempo depois de estar na jaula, ainda sabia o que era a liberdade.
«!»  A caminhada seguia assim por algum tempo. Não havia muita coisa envolta do circo. Passadas poucas horas, podiam avistar um pequeno bosque, ao longo de um riacho tênue.

<Nina> Nina estava andando ao lado de Rubio. Por mais que a criatura estivesse ainda assustada e desnutrida, parecia feliz, então Rubio estava certo... Ela também estava assustada, falando a verdade. Ela suspirava, enquanto via que chegaram a um riacho. E olhava pro Rubio, que era o conhecedor das coisas ali, pra ver o que eles fariam agora.

«!»  A paisagem era esplêndida. O sol já estava alto no céu, e aquecia o clima ameno. Era possível notar alguns pássaros cantando ao longe.

<Rubio> --Bem, acho que com sorte encontraremos caça neste bosque. Daí daremos algo ao faminto aqui e você cozinha algo. Naquele rio podem haver alguns peixes, se não conseguir caçar nada, tentaremos pescar. O que acha Nina ?-- Dizia aliviado. Estavam fora daquele lugar, caminhando e haviam resgatado um juban que, por mais deplorável estivesse e não os entendesse, era algo que valeu a pena ter desviado o curso da missão.

<Nina> - ...Pode ser. É uma boa ideia na verdade...
<Nina> Disse numa voz timida, gentil, enquanto esperava que Rubio fosse caçar algo. E a fera também, claro.

<B'hyym'> B'hyym' não acreditava, ele andava não muito atrás dos dois, apenas sentindo o prazer de sua liberdade, sentido o chão sob seus pés. B'hyym' logo viu um rio. Onde há água, há comida.  Bem provável que teria algum animal para caçar pelas proximidades. Ele logo direcionou-se para a direção do rio. E procuraria por uma presa.

<Rubio> --Bem, parece que ele aprova a ideia de caçar. Já está indo sem nós até.-- Dizia para a levent enquanto começava a acelerar os passos para seguir o juban.

«!»  Nas proximidades do riacho, algumas panelas, restos de fogueiras, e outros vestígios de um acampamento abandonado as pressas. Provavelmente do próprio circo, uma vez que era evidente que saíram de lá as pressas, e aquela era a única fonte de água por perto. Havia até mesmo uma espécie de fogão, com um bocado de lenha ao lado.

<B'hyym'> Era peculiar aquelas coisas, mas o que importava: tinha comida? Bem, ele procuraria por comida por ali e logo voltaria a procurar a toca de algum animal.

<Rubio> --Hmm... Alguém fugiu daqui às pressas, sorte a nossa. Parece que você terá melhor aparato para cozinhar.-- Enquanto isso continuava seguindo o juban esfomeado e curioso. Aproveitaria para quando chegasse perto do rio, reabastecer o odre que ganhara e tomar água. Um banho poderia ser opção, estava quente e os pelos secariam sem demora.

<Nina> - ...Ainda bem...
<Nina> Disse numa voz curiosa, procurando explorar um pouquinho aquele lugar. Tinha um fogão ali. Bom, isso sem dúvida era algo util, apesar dela nunca ter cozinhado num daqueles. Provavelmente seria mais fácil.

«!»  Além dos aparatos, nada de mais era encontrado ali. O juban, talvez pelo cansaço, e a falta de exercício nos últimos dias, mostrava alguns sinais de tontura, mas ainda conseguia ficar de pé e caminhar.

<Rubio> Tudo parecia estar tranquilo. Nina estava analisando o que sobrou daquele acampamento e o juban estava olhando tudo a sua volta, procurando algo. Caça, talvez. Como estava próximo ao rio, preferia inverter a ordem da ideia que havia dado e pescaria primeiro. Antes ia até a garota e deixaria com ela sua bolsa e o meu machado. --Tome conta dele para mim enquanto eu vou ao rio. Vou tentar pescar algo e me refrescar. Haha, o tempo está bom para um banho.

<Nina> Nina olhou com uma expressão um pouco sem graça, quando ouviu o que Rubio tinha falado. Ela balançou a cabeça em afirmação. Iria tomar conta das suas coisas, e daquele machado dele. Ela suspirava enquanto voltava a analisar o lugar. Provavelmente Rubio traria alguma coisa pra eles. E provavelmente pra fera também. Então, aprontou tudo ali no fogão. Preparou temperos, acendia o fogão...

<B'hyym'> B'hyym' estava cansado e percebeu que precisava recuperar o fôlego. Então ele procurou um lugar aconchegante por perto, já que ele teve a impressão de que ficariam por ali, e deitou-se e ficou observando e escutando o ambiente. Ah! Como ele tinha saudades disso!

«!»  O rio era calmo, não demorara muito para notar alguns peixes, mesmo sem entrar na água.  A questão era, como pegá-los.

<Rubio> Entrava então na água, com cuidado. Nadar não era meu forte e por sorte o rio era um tanto raso. Ficava então parado em meio à água, esperando os peixes se aproximarem para dar um bote e pegar com as patas.

«!»  Bastavam poucos minutos ali, para um pequeno cardume se aproximar, a pata espatifava o espelho d'água, mas nenhum peixe era conseguido. Ele ficava novamente imóvel, esperando uma nova aglomeração de peixes, e um salmão jovem é apanhado. Um peixe agitado, mas que é facilmente dominado pelo juban.


<Rubio> --Peguei o primeiro!-- Berrava ao desacordar o peixe com uma patada e colocá-lo no chão, próximo à margem e voltar para dentro d'água para tentar pegar mais alguns. Tomando posição e aguardando.

«!»  A cena voltava a se repetir. O enorme juban parado no meio do rio, depois de algum tempo, o cardume se juntara de novo e novamente o juban conseguia um peixe, ainda que um pouco menor que o anterior.


<Rubio> Assim como fez com o outro peixe, desacordava-o e colocava no mesmo lugar de antes, voltando para pescar mais.

«!»  Bastava alguns minutos, e o cardume era novamente atraído pela presença do felino na água e um novo peixe era conseguido, agora um pouco maior que o primeiro.

<Rubio> --Peguei um grandinho, este fica para ti rapaz.-- Dizia apontando para o juban, mesmo que ele não o visse ou escutasse, enquanto colocava o peixe desacordado junto aos outros 2 e voltava para tentar pegar o último.

«!»  Não era preciso esperar muito, logo já condensava um novo cardume e o juban tira um peixe ainda maior das águas. Com certeza, eles teriam um belo almoço. 


<Rubio> Depois de pegar o último peixe desejado e tê-lo posto junto aos outros desacordado, voltava à água para banhar-me, então saía e chacoalhava os pelos para remover o excesso, buscando os peixes e levando-os para Nina. --Consegui quatro, dois são bem grandinhos e podem ficar para nosso amigo esfomeado. Os outros ficam para você cozinhar.

<Nina> Nina enquanto isso, parecia bastante quieta, enquanto estava ali preparando as coisas. Como ela podia fazer peixe... Aquilo deixava-a confusa, enquanto ela permeava seus pensamentos com aquilo. Quando ouviu Rubio voltar, ela mostrou um sorriso, enquanto ouvia ele falar. Ela balançava a cabeça em afirmação.

<Nina> - ...T-tá legal... D-dois pra nós... dois pra fera... T-tá legal... Agora... só pensar como eu posso fazer isso....

<Rubio> --Fera ? Haha... Sabia que é isso que ele fala em juban quando rosna ou ruge ? Parece que é a palavra que ele conhece e como ele era conhecido.-- Dizia em tom risonho, mas ao lembrar que o nome era algo que usavam enquanto ele sofria, a voz ganhava um tom melancólico.

<B'hyym'> B'hyym' observou que o grandão chegou com, carne... Aquilo ele conhecia. Ele logo se levantou, se pondo sobre as quatro patas, e aproximou-se. Ele queria pegar um peixe, qualquer um.

<Rubio> --Tome rapaz. Fique com esse para ti.-- Dizia entregando o peixe e colocando-o num canto, encostado à uma árvore, sobre folhas para que ele comesse.

<B'hyym'> B'hyym' não hesitou em pegar o peixe e começar a comer.

<Nina> - ...Sério? S-serio isso?
<Nina> Nina perguntou confusa. Caramba. Pra ela, ele tinha vivido a vida toda naquela jaula, por isso mesmo ela não sabia que ele podia falar algo assim. Pra ela, eram apenas guinchos e rosnados...

<Rubio> --Sim, é sério. Tanto que era de se esperar. A mulher das tortas havia dito que chamavam ele assim.-- Dizia olhando para a garota ao perceber que falara com ele. --Quem sabe você não aprende jubânico ? Pelo visto nosso 'amigo' não conhece a língua materna e terei de ensiná-lo para que ao menos me entenda. Se quiser, a ensino junto à ele.

<Nina> - ...Tudo bem... É interessante a ideia.
<Nina> Sorriu ela, enquanto balançava a cabeça em afirmação.

«!»  O tempo passava, e a fome de ambos ia aumentando.


<Nina> Nina suspirava, pegando o peixe, e começando a tentar cozinhar ele. Talvez a forma mais óbvia, e a mais fácil, era fazer um ensopado daquilo. Ou fazer frito? Droga, ela não sabia o que fazer. Então, optou por temperar aquilo, tentando maneirar dessa vez nos temperos, pra tentar fritar ele. Era o mais rápido, e como Rubio e ela ficavam cada vez mais com fome... 

<B'hyym'> Após terminar de comer aquele peixe... B'hyym' ainda sentia um pouco de fome, então ele foi procurar por mais carne. Pegaria uma qualquer e voltaria para um canto para comer.

<Rubio> --Este é o último.-- E entregava o peixe, novamente colocando sobre as folhas e ia sentar-me encostado numa árvore, onde batesse sol para me esquentar e secar, com o machado no colo com uma pedra, ia amolando a lâmina.

«!»  A cozinha ainda era um grande desafio para Nina. Tentava usar o fogão, que era algo novo em suas tarefas. Tentava evitar de se queimar e evitava ainda mais queimar o peixe, logo ele estava pronto, e ao provar, ela sentira um gosto muito forte... de peixe.

<B'hyym'> B'hyym' já tinha terminado de comer e agora estava curioso com o que estavam fazendo, que emanava um cheiro... Peculiar. Ele sentou-se próximo dos dois, observando atento. Era estranho para ele, ele nunca teve a chance de viver pacificamente com alguém ou alguma coisa...

<Nina> - ...
<Nina> Nina suspirou. Tava tudo bom demais pra ser verdade.... Que droga... Ela se sentiu frustrada de novo. Ela disse então, pro Rubio.
<Nina> - ...Eu só consigo, ou colocar tempero de mais, ou de menos...

<Rubio> --Haha... Não fique assim pequena. Ao menos você está tentando. Só tentando para aprender e melhorar. O cheiro está ótimo.-- Dizia rindo, mas tentando alegrar ela ao elogiar.

<B'hyym'> B'hyym' observava, estranhando... - Hrrarra.

<Nina> - ...Tá legal...
<Nina> Ela tentou improvisar um pouco, colocar um pouco mais de sal, tentar dar uma maquiada naquilo. Droga. Ela suspirava, enquanto tentava, com doses mínimas, descobrir qual o ponto certo que ela precisava.

«!»  Aos poucos, ela conseguira um ponto certo para o sal. E o sabor ficara realmente agradável.

<Nina> Nina suspirava. Ok, agora ela tinha achado um ponto bom para aquilo. Ela então chamou Rubio, para que ele viesse comer. 
<Nina> - ...Até que enfim...

<Rubio> Levantava-me então, indo até a garota conforme ela havia chamado para comer. Por sorte havia uma mesa e cadeiras, em mal estado e não aguentariam meu peso, mas sim o de Nina e então preferia sentar-me no chão para comer.

<Nina> Nina suspirava, enquanto ela comia aquilo, agora sim comendo uma refeição decente, criada por ela. Mesmo que ela tivesse estragado a princípio, mas tendo conseguido fazer de forma melhor. Ela suspirou enquanto comeu aquilo. Era um tempero suave demais, mas pra ela tinha ficado ótimo. Ela comia agora um pouco mais feliz, enquanto sentava-se na mesa com a cadeira pra comer. Ela mordia educadamente o peixe, enquanto dava algumas olhadas ao redor, um pouco curiosa.

«!»  A refeição ocorria tranquilamente, com uma conversa agradável entre Rubio e Nina, onde ele contava um pouco de seu tempo no mar. B'hyym' observava os dois, deitado próximo a eles. As vezes tentava interagir com grunhidos que ambos não compreendiam. Por uma questão de comodidade ao juban selvagem, que ainda estava em fase de recuperação, decidem passar a noite por ali. Assim que acabavam de comer, Rubio aproveitava para tirar um cochilo, e Nina ia banhar-se no rio. A tarde e a noite passavam sem grandes intercorrências, com todos descansando e alimentando-se consideravelmente bem.

«!»  Ao meio da manhã, Rubio despertara. B'hyym' dormia encolhido sob uma árvore e Nina recostada em uma cadeira.

<Rubio> Com ambos dormindo, preferia até deixá-los assim, seria bom que eles descansassem mais pois a última noite fora mal dormida e principalmente Nina precisaria daquele descanso, porém, tinham de se apressar. Haviam uma missão a cumprir e tinham de retomar a caminhada. Precisariam acelerar os passos para conseguir chegar no destino em um bom tempo. --Nina, acorde pequena. Precisamos partir.

<B'hyym'> B'hyym' se virou ao perceber a movimentação e logo se sentou. Ele tinha a impressão de que aqueles sons que eles faziam tinham algum propósito, afinal, se não tivesse nenhum objetivo não fariam tanto barulho.

<Nina> Nina acordou, ainda um pouco confusa, quando viu-o acordá-la. Ela suspirou, confusa, passando as mãos nos olhos. Bocejou longamente, enquanto disse.
<Nina> - ...Tá certo...
<Nina> Disse, ainda com a voz alterada pelos bocejos, soltando outro logo em seguida.

«!»  Assim, o agora trio se preparava para mais uma caminhada. De acordo com o mapa, através do bosque talvez recuperassem uma parte do tempo gasto. Tudo que tinham certeza, era que precisavam continuar. 
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4 comentários:

Daniel Bueno disse... @ 28 de outubro de 2014 às 02:30

Ganhei notoriedade D:
Ou não sou eu quem comenta? '-'
E esse juban noiado ai não parece tão ameaçador quanto diziam -q

Cássia disse... @ 28 de outubro de 2014 às 12:33

Claro que ele não tá ameaçador.. o coitado mal tinha forças, mal achava que ia sobreviver...
Acho que qualquer ser vivo sabe ser grato. :v
E sim, caro Daniel, você é o comentarista oficial da Toca. XD

Anônimo disse... @ 28 de outubro de 2014 às 22:20

Antes tarde do que nunca..... kkkkk
As campanhas sao otimas.
Parabens pra vcs.
ass.Barbaro

Juban Albino™ disse... @ 28 de outubro de 2014 às 22:36

Ahahaha, obrigado pelo elogio caro amigo.
Sempre que estiver por estas bandas, será bem vindo e se quiser, poderá descansar os pés na Toca. Sempre temos boa bebida, algo para comer e uma pedra para manter as lâminas afiadas.
Abraço do Juban Albino.

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