Toca do Juban Albino™

...e dos Exploradores da Dragon Cave

Diário de Campanha: A Ira dos Justos

Published by Cássia under , on 08:30
Hey , aventureiros!!!

Não sei se alguém ainda lê as aventuras do nosso amigo de pelugem desbotada, mas como fui encarregada de contá-las, continuarei a fazê-lo. 

Tenho me ausentado demais, eu sei. Mas não sou de fugir de batalhas, e nem de deixar algum indefeso a própria sorte. Ainda assim, sempre que estiver pelas proximidades da Toca, virei aqui para registrar as façanhas do Rubio.

Enfim, chega de enrolação. Boa leitura, comam a vontade, bebam muito, e até logo mais!!!

Alexandra, a guerreira ruiva

---------------~§~---------------

 «!»  O guarda apenas encarava Nina. O sorriso em seu rosto deixava claros suas intenções enquanto se aproximava da levent. Lembrava um animal farejando a presa, mas este a assustava mais do que o juban sem nome que acolheram.

<Nina> Nina se assustou com aquilo. Deu passos pra trás, assustada, enquanto os braços dela encolhiam-se, notavelmente assustada. O que diabos ele queria??

<Guarda> --E então, pequena, quer falar com o lobo-velho, não é? Bem, você pode esperá-lo, comigo.-- Falava enquanto se aproximava ainda mais, agora já sendo possível para Nina sentir a respiração, e o hálito quente e fétido que exalava da boca do homem.

<Nina> - ...N-não, n-não... E-eu... só quis confirmar se ele estava aqui, e-eu tinha... ouvido que ele não estava, e-e só queria confirmar... E-eu... j-já vou sair...
<Nina> Nina parecia assustada. Lívida de medo ali. Céus, que tipo de atitude era aquela? Porque uma atitude como aquela? ...Eram assim que os homens tentavam 'conquistar' as mulheres? ...Não... ..N-não, decididamente não, e aquilo apenas a deixou com mais medo ainda, dando novos passos pra trás. A cada passo dele pra frente, ela tentava dar dois pra trás...

<Guarda> Dava uma avanço mais impetuoso, segurando logo o braço da pequena. --Está vendo, sabia que ele não estava aqui, então realmente queria minha companhia, não é? Provavelmente sabia que eu estaria só aqui. Bem, diga-me seu nome, doçura.- Enquanto falava, puxava o corpo dela lentamente para junto do seu, diminuindo a distância entre eles.

<Nina> - ...E-eu nem te conheço...
<Nina> Disse, assustada, e começando a bater as asas freneticamente, com medo. Céus, não, não, o que fazia?? O que fazia?? Ela tentava se soltar dele, se afastar dele, agora em pânico... ela sabia o que era aquilo. Estuprador. E aquilo fez a garotinha gelar, e ficar ainda mais com medo daquilo...

«!»  As asas debatiam-se, criando uma leve brisa, que ergueu pelo ar alguns papéis sobre a mesa. Nina não conseguia se soltar o homem, apenas conseguia tornar o local que ele segurava cada vez mais vermelho. Ela não via uma salvação daquilo. Não tinha muito o que pensar. Porém, uma voz veio da porta que havia no fim da sala, uma voz feminina grave e autoritária. 

<???> --Guarda Esohr, é assim que honra a confiança que nosso regente lhe deu?-- Enquanto falava, se aproximava, e ao som da voz, o guarda congelara. A expressão dele era de mais medo do que a de Nina agora. --Sabe muito bem o fim que homens como o senhor levam nem nossas masmorras, não!?

«!»  A mulher era alta, e portava duas espadas, uma pendendo a um lado do corpo, a outra em sua mão, já apontada em direção ao homem. Seus cabelos negros pendiam em uma trança sobre o ombro esquerdo, contrastando com sua armadura prateada e a capa escarlate, sinal de que pertencia ao alto escalão da guarda.
«!»  O homem, agora mais branco que a luz do luar, olhava apenas e suava em bicas, enquanto tentava gaguejar algo.

<Guarda> --P-p-p-perdão, Tenente, mas-- mas-- mas essa ladra tentou nos roubar.. é, é isso, ela tentou nos roubar, e eu apenas a estava segurando, para pra... para prendê-la, até o julgamento.-- Ainda segurando o braço de Nina, este se virava, para a mulher, trazendo a pequena ao seu lado.

<Nina> - ...Ladra?? E-eu... só vim pedir informação, se o capitão da guarda já havia chegado... E-eu tenho uma entrega pra ele... Só isso, e esse louco tentou me agarrar...
<Nina> Nina parecia tão lívida quanto o guarda, e levantou a carta. Apenas pra provar a vericidade daquilo.
<Nina> - ...M-manda esse homem me soltar, por favor... E-eu não vou fugir, eu tô falando a verdade... Vim de Filrhen...

<Guarda> --Não minta, foi esta a carta que ela roubou. Esta carta foi entregue pela manhã, Milade.-- Parecia querer controlar a situação, enquanto tentava manter a compostura.  --Com certeza ela foi enviada para roubar esta informação, sabendo que esperávamos uma mensagem de Filrhen. Afinal, levents em Filrhen são impossíveis de existir.-- Soltava uma leve risada neste momento,.

<Tenente> --Não vejo absurdo nisso, meu caro. Devo minha vida a uma sacerdotisa de Filrhen, uma levent, que perdeu uma asa para me salvar de um homem como o senhor!-- Falava, e apontava a espada na direção do pescoço do homem, agora deixando apenas a distancia da lâmina entre eles. --Agora, solte o braço da jovem, o senhor está preso e será julgado. Agora, se insistir em atacá-la, ou a mim, bem, serei obrigada a reagir.-- Abria um sorriso instigante, enquanto seus olhos verdes faiscavam.

«!» Aos poucos, o rosto do homem ia se transfigurando. Não dava para definir que expressão tinha, mas não fazia menção de soltar o braço de Nina.

<Nina> Nina parecia muito assustada com aquilo. Principalmente com o homem despejando mentiras a ela. Céus... Ela parecia com medo, mas viu que ela tinha intercedido ao seu favor. O problema, claro, era que ela temia que o homem tentasse reagir.  Ela parecia estática, com medo.

Enquanto isso, do lado de fora...


«!»  A cidade estava movimentada. Os dois jubans aguardavam Nina voltar do posto da guarda de Mothir, aquele prédio simples, afastado, onde a movimentação das pessoas era menor. 
«!»  Rubio observava enquanto ela entrava, e aguardava do lado de fora, junto a B'hyym', ainda um tanto inquieto com toda aquela multidão.
«!»  Passa-se algum tempo, o sol começava a dar sinais de que iria se pôr e nenhum sinal da noviça. E nenhum movimento de alguém, guarda, cidadão ou o que fosse entrando ou saindo do posto.

<Rubio> "A pequena está demorando demais..." Pensava comigo. Era estranho isso. Se ela tinha certeza de que o homem não estaria lá, não deveria demorar em verificar isso... --Vamos, a pequena está demorando muito.-- Falava para o juban, fazendo um sinal para me seguir enquanto começava a caminhar até onde a levent havia ido.

<B'hyym'> Sons e, novamente, aqueles gestos e a movimentação entrando naquele lugar aonde a ave foi. Aquela estrutura parecia-se, de certa forma, como a do outro lugar. B'hyym' não entraria ali, não com uma boa persuasão. Ele não queria entrar ali... - BirrrGRRuÍm!

<Rubio> --O que há ? Temos de ajudar a pequena. Algo está estranho... Me siga e fique na porta, não precisa entrar, só quero saber se ela está bem.-- Dizia esperando que ele viesse.

<B'hyym'> B'hyym' sentou-se onde estava mesmo. - Birrrgrruiím...

<Rubio> "Raios... Parece que ele definitivamente não quer vir... Mas não posso deixar a pequena só..." --Fique aí então, não vou demorar.-- Dizia oferecendo uma tira de carne e depois saia andando.

<B'hyym'> B'hyym' viu a criatura branca entrar naquele lugar... - bir...Grruim... - E acabou por pegar o pedaço de carne depois de um período não muito longo.

«!» Assim que Rubio atravessava a porta do posto, o que ele via era Nina de costas para a porta, um homem uniformizado a segurando firmemente pelos braços, e uma mulher a frente do homem, ameaçando o mesmo com uma espada. Eles falavam algo, mas o juban não conseguira ouvir,apenas a mulher em frente parecera notar a entrada de Rubio, porém não esboçara nenhuma reação.

<Nina> Nina parecia muito assustada com aquilo. Principalmente com o homem despejando mentiras a ela. Céus... Ela parecia com medo, mas viu que ela tinha intercedido ao seu favor. O problema, claro, era que ela temia que o homem tentasse reagir.  Ela parecia estática, com medo.

<Rubio> "Por Ahogr, o que diabos está acontecendo aqui ?" Instintivamente soltava o machado ao notar a situação de Nina, mas ao ver a mulher ameaçando o homem, entendia que ela estava tentando reverter a situação. Quem diabos era ela ? O que ele fez com Nina para ela estar naquele estado ? "Por Ahogr, que ele não tenha a machucado, pois de um modo ou outro, o matarei na primeira oportunidade."

<Mulher> -E então, guarda Esohr, vai soltar a jovem, ou terei que decepar sua mão?- Se aproximava um pouco mais do guarda, a lâmina tocando-lhe a pele. --Seja honrado ao menos uma vez, e se entregue. Ou seja muito burro, e me ataque!---

«!»  O guarda então, tentava um movimento brusco, dando um pequeno pulo para trás e puxando Nina a sua frente, a usando como escudo contra a mulher, tão logo sacava a própria espada.

<Guarda> ---Pode me matar, mas levarei ela comigo! E terá sua palavra apenas para salvá-la de uma humilhação pública, Tenente.--- O homem gritava contra sua superiora, totalmente fora de controle.

<Nina> Nina entrou em pânico ao ver que o guarda tinha sido capaz de atacá-la, de usá-la como um escudo. Ela parecia atordoada, ela ficava branca de medo, mais do que o normal. Ela estava passando mal ali, passando mal de medo, estava sendo nitidamente ameaçada ali, e agora sequer tinha chance que ela a soltasse. Céus... E agora nem podia gritar por socorro pro Rubio...

<B'hyym'> B'hyym' notava uns sons estranhos e procurava a origem deles e deparava com uma cena que existia em sua mente como uma ferida que ainda estava aberta e aquilo o deixou agitado... Ah...! Se deixou. B'hyym' se colocou de pé e rugiu ferozmente, num som alto e imponente.

<Rubio> "Como um ser poderia ser tão baixo e, após tentar algo contra uma jovem como Nina, ainda a usa de escudo e ameaça sua vida ?" Ver o homem sacar sua arma e dizer tais coisas aumentava ainda mais minha raiva. O cabo do machado era apertado de tal forma que parecia que ia quebrá-lo. Mas não podia simplesmente avançar contra o canalha, ele poderia atacá-la ao me notar... E esse rugido... Algo pode ter acontecido lá com o juban e isso pode me atrapalhar aqui. É melhor eu manter a calma e esperar ver se a mulher o mantém distraído para eu avançar.

<Tenente> --Bem, isso é mesmo uma pena, guarda Esohr, então só posso fazer uma coisa.-- Baixava a arma lentamente, enquanto começava a cantar uma doce melodia. Conforme cantava, o guarda ia ficando sonolento, e aos poucos soltava o braço de Nina e a espada que empunhava.

«!»  Conforme ia soltando a levent e a espada, o guarda ficava cada vez mais sonolento. Tentava pronunciar algumas frases, porém apenas balbucios indecifráveis saíam de seus lábios, até que ele enfim caía para frente, em sono profundo, sobre o corpo de Nina.

<Rubio> "Magia!?" Apesar da surpresa ao vê-la abaixar a arma, apenas para despistar os indícios de que usaria magia, via nisso uma oportunidade perfeita e logo após ver o efeito do que a mulher havia feito, corria, para tirar o peso do homem de cima de Nina.

<Nina> Nina pareceu confusa ao ouvir a mulher... cantar... Ela estava chorando já de medo... Ela estava perdida... Foi quando ela notou o homem soltá-la... Balbuciar coisas... e ela só viu o homem cair por cima dela. Ela caiu junto, óbvio, e pareceu confusa, até ver o Rúbio tirar o homem de cima dela. Ela começava a chorar copiosamente. Pânico. E de certo modo, alívio...

<B'hyym'> B'hyym' ouviu aquele som suave e tranquilo. Ele nunca ouvira algo assim e era estranho... Nem os pássaros emitiam sons tão suaves assim, apesar de que muitos tinham um som suave e tranquilo. B'hyym' sentiu-se tentado naquele instante em entrar no local... E se aproximar do som. E, o que veio depois, foram os sons de agonia da ave. E, assim, B'hyym' ficava mais confuso ainda.

<Rubio> --Pequena, ficará tudo bem agora.-- Dizia para a garota, enquanto afastava o homem desmaiado, arrastando-o enquanto o puxava pelos braços, até o colocar jogado próximo a parede, quando o largava e empunhava novamente o machado, apontando-o para o tal. --Nina, você está machucada ? Ele fez algo contigo ou só te segurou ?-- Perguntava em tom sério e raivoso, olhando nos olhos da levent e desviando o olhar para a mulher, para o homem e voltando a olhar para a levent.

<Tenente> Respirava alivíada, e sentava-se no chão. Nitidamente exausta. --Você, grandão, você é amigo da pequena, não é?--

<Rubio> --Sim, sou.-- Respondia esbravejando, enquanto esperava a resposta da garota. --E você ? Quem é ?

<Nina> Nina chorava. Muito. Estava em pânico. Gaguejava demais, parecia desesperada enquanto ela tentava falar, mas mais gaguejava que qualquer coisa. Foi necessário um esforço violento da menina pra ela falar.
<Nina> - ...E-ele ia me violar...

<Rubio> As palavras de Nina eram como uma faísca num barril de pólvora no qual eu estava transformado. Uma garota tão meiga e indefesa, ter sido alvo de uma tentativa tão... vil. O fato de tê-la visto sob ameaças já seria o suficiente para que eu quisesse atacá-lo, mas saber que ele tentou fazer tal coisa, me deixava num estado de fúria tão intenso que não fava tempo de mais nada. Apenas erguia o machado sobre a cabeça, o descendo com violência, numa tentativa de dar fim a vida de tal escória. Atacaria tantas vezes conseguisse, sem ver se o golpe acertava ou não. Apenas o queria morto, descarregando a raiva que sentia.

«!» O juban estava claramente enfurecido. Desferia os golpes com tal violência que já não era possível saber se o alvo um dia foi humano. Apenas seu rugido podia ser ouvido pela sala. A mulher do outro lado da sala nada falava, olhava para aquilo como se olhasse a execução de um criminoso. Os gritos do ataque de Rubio podiam nitidamente ser ouvidos por B'hyym' de onde estava, mas não pareciam ser ouvidos pelo resto da população, que apenas seguiam com suas vidas. Assim que conseguia aplacar a raiva, o juban deixava o machado cair de suas mãos por algum tempo, e sentava-se no chão assim como a mulher, exausto.

<Nina> Agora Nina estava em pânico. Céus, o que tinha havido ali?? O que tinha havido com ele?? Ela se encolheu mais. Com medo. Agora dele. Ela temia que ele estourasse alguma vez desse jeito. Ela agora estava morrendo de medo daquilo. Ela chorava copiosamente, sem parar, e sem olhar agora pra nada. Pra ninguém. Escondendo o rosto entre as mãos.

<B'hyym'> B'hyym' se aproximou no instante que viu a criatura branca em fúria e desferindo golpes... Mas ali, B'hyym' compreendia que a caça estava morta e não tinha mais sentido fazer alguma coisa e então, apenas olhou para a criatura branca e para os outros ali... Sem demonstrar alguma repulsa ou pena, nem se quer julgava. E a ave agora emitia mais sons de agonia e, assim, B'hyym' se aproximou, curioso.

<Tenente> Recompondo-se como podia, pegava a própria espada que deixara no chão,  devolvendo-a a bainha. Caminhava lentamente até Nina, a pegava pelas mãos. --Pequena, levante-se, venha, vou levava aos meus aposentos, você se banha, e descansa. Poderá ficar sozinha um pouco, depois conversamos sobre o que aconteceu, sim? Olhava atenta pra B'hyym', e lançava uma pergunta a Rubio. --Este aqui também está com você? Ele parece perdido nisso tudo.

<Rubio> Após parar de atacar e cair no chão, fatigado pela fúria, ainda de certa forma com raiva e na excitação do estado em que estava, percebia os olhares da mulher, a chegada do juban e Nina, totalmente amedrontada e assustada... Já estava assim por causa de tudo antes e agora estava ainda mais... por minha culpa... por ter me visto num momento de explosão dos instintos selvagens. A pergunta da mulher então desviava minha atenção por um instante. --Sim, está. Ele não entende o que falamos, mas é nosso companheiro.-- E então, lentamente, levantava-me, com o corpo dolorido e a respiração retomando o ritmo normal. Indo até próximo de Nina. --Desculpe-me pequena... Mas eu não consegui me controlar quando a vi em perigo e muito menos ao saber o que aquele... pedaço de merda... tentou fazer. Não queria assustá-la, mas não estava pensando direito, só sentia raiva daquele humano. Eu fiz uma promessa a mim e a Ahogr de que a protegeria, mas não estava ao seu lado para evitar isso. Desculpe-me, mas eu quebrei minha promessa. Desde que nos encontramos só a desviei de sua missão por causa de minha ambição por querer encontrar meu povo. Se quebrei essa promessa, não sirvo mais para protegê-la. É melhor você ficar com esta mulher e eu a deixarei em paz.

<Nina> Nina parecia tremer. Muito. Estava totalmente confusa, assustada, perplexa. Ela não estava em condições de pensar. De decidir nada. Pura e simplesmente. Ela simplesmente foi tirada de perto dele. Ela... não queria abandoná-lo, sinceramente. 
<Nina> - ???
<Nina> Ela pareceu não entender nada... Ele iria abandonar ela? Era isso?

<Tenente> --Calma, grandão, uma coisa que cada vez. Primeiro ela precisa se recuperar. Segundo, eu preciso conversar com você. Á sós! Então, eu vou levar e pequena pra o quarto. Falava agora erguendo Nina pelas mãos, e a auxiliando para que ficasse de pé. --E já que estará sozinho por algum tempo, limpe essa bagunça. Não sei se alguém pode chegar antes que eu possa explicar o que aconteceu. Se precisar, tem ferramentas nos fundos, seguindo a porta por onde vim.--

«!» A mulher não esperava uma reação de Nina, apenas a conduzia gentilmente pelas escadas, esperando que ela realmente pudesse descansar.

<B'hyym'> - Grrrrr... - Um som sem significados, emoções ou qualquer coisa que poderiam identificar.

<Nina> Nina foi removida dali, encolhida, com medo. Estava realmente atordoada com tudo aquilo. Ela continuava chorando muito. Demais. Enquanto a moça puxava-a pelas escadas, tropeçando, vez ou outra batendo as canelas nos degraus...

<Rubio> --Err... Tudo bem então. Esperarei que volte para conversarmos.-- Dizia, mais calmo e um tanto confuso com o que ela dizia. Ora, conversar comigo ? Por que raios iria querer ? E agora eu tinha de limpar o que eu fiz... E então após ela ir saindo, seguia até o local indicado para buscar ferramentas e limpar o local.

<B'hyym'> B'hyym' observava o que a criatura branca fazia e tentou ver para onde a ave foi. - BirrGRRuÍm.


Enquanto isso...

«!»  A mulher conduzia Nina por um corredor, mas ela nem mesmo notava o que havia ali. Estava ainda com as cenas que ocorreram na mente. a mulher ao seu lado, apenas a acompanhava até que abria uma das portas que ali haviam. 
«!»  O comodo era singelo, mas acolhedor. Uma cama grande com cortina de renda em volta, uma penteadeira, e uma sala de banhos, mas ao fundo. Havia uma lareira discreta, que trazia calor a Nina. A mulher então sentava Nina em uma poltrona de frente para o fogo.

<Tenente> --Pequena, qual é seu nome?

<Nina> Nina foi conduzida ali, num cômodo estranho. Parecia... um tipo de quarto de boneca, sei lá, o que era estranho se pensasse que a moça era uma guarda. Quando ela "foi sentada" ali, ainda chorosa, as pernas dela se enroscaram, enquanto se apertavam, assim como as mãos dela também.
<Nina> - ...N...N-n-nina...

<Tenente> --Nina.. Bem, Nina, saiba que você não foi a única que já passou por isso. Não digo que é fácil, mas agora, você precisa não pensar muito sobre o que aconteceu, sim? -- Ia até um armário, e de lá tirava apetrechos para chá, ainda que rústicos. --Vou fazer um chá, preparar um banho, e descanse. Durma se preferir. Vou estar aqui para ajudar, se quiser, e depois, vou conversar com seu amigo.

«!»  Era o que fazia, preparava a água do chá, e depois retirava sua armadura, com ajuda de um aparato que estava no quarto. Assim que se livrava do peso, ia até o quarto de banhos, e Nina podia ouvir o barulho d'água, tal qual a estalagem que ficara.

<Nina> Nina parecia muito assustada com aquilo tudo. Ela suspirava, ainda chorava. Ela estava realmente assustada com aquilo. Ela via a mulher preparar um banho pra ela. Ela suspirava. Estava perplexa pela atitude do Rubio. Do homem. De tudo. Ela voltava a chorar. Muito. Ela tentava não pensar nisso... Mas era impossível...

<Tenente> Terminava de ajeitar o banho, e depois depois o chá e servia este para Nina. --Beba. Este é um chá especial, vai te ajudar a se acalmar.

<Nina> Nina ainda tremia, e tentava não pensar naquilo... Ela realmente não conseguia pensar em nada. Ou pelo menos não naquilo. Sério. Ao notar a moça trazendo chá pra ela, a Nina segurou com as duas mãos, começando a tomar, tentando segurar o mais firme que suas mãos trêmulas permitiam, tentando acalmar-se.
<Nina> - ...O-obrigada...

<Tenente> Servia-se de chá também, e então olhava para Nina com mais atenção. --Bem, você não é uma aventureira, nem mesmo uma mensageira, não é? Porque ficou responsável por essa mensagem?

<Nina> Nina balançou a cabeça em negação, ante a primeira pergunta dela. Ela suspirou, enquanto respondeu, ainda trêmula.
<Nina> - ...É-é um... rito de iniciação... E-eu sou uma noviça de Talaran... E... e a Arqui-clériga do meu templo decidiu... q-que a melhor f-forma de eu crescer, e provar a minha fé... Era eu ficando 1 ano sem a ajuda da ordem... E-e sem poder voltar p-pra casa...
<Nina> Ela lembrou com muito desgosto. Maldita seja aquela mulher... Ela estava condenando-a a uma vida de infelicidade.

<Tenente> --Entendo... Pelo que me lembre, noviças de Talaram que não serão paladinas não recebem orientações para combate, não é?

<Nina> Nina balançou a cabeça em afirmação, simplesmente. E ela adicionou, com uma expressão infeliz.
<Nina> - ...N-não só isso. E-eu... B-bem, eu s-sou meio enferma, t-tive uns problemas na infância... E-e eu meio que f-fui ainda mais resguardada que as outras noviças...

<Tenente> --Hmm...-- Tomava mais um gole do chá, enquanto parecia refletir. --Bem, e esses seus companheiros? Foram pagos para lhe acompanhar?

<Nina> Nina balançou a cabeça em negação, ante a pergunta dela.
<Nina> - ...E-eu conheci o Rubio na minha primeira vez... D-dormindo longe de uma cama... E-ele meio que me assustou, e m-meio que acabou ganhando a minha confiança... E-eu acho q-que ele ficou preocupado c-comigo, andando sozinha e sem nenhum treinamento ou experiência...
<Nina> Ela suspirou. E logo completou.
<Nina> - ...Q-quanto ao outro... O-o pobrezinho f-foi engaiolado... E-e ele estava morrendo de fome... N-nós soltamos ele e, bem, ele tá nos seguindo... E-ele... p-parece nunca ter conhecido civilização... E-então a gente ainda não sabe o que ele pode fazer, é i-imprevisível...

<Tenente> --Ele parecia preocupado com você, ou pelo menos atento ao seu pranto.--  Respirava fundo, com um sorriso melancólico no olhar. --Então, eles são seus amigos, por assim dizer?

<Nina> - ...É, é... Q-quer dizer, a criatura q-que nem foi batizada ainda, m-meio que ele nos segue por curiosidade... M-mas é, eles são... M-meio que a única coisa que eu posso chamar de amigos mesmo...

<Tenente> --Bem, isso é bom. Agora, vamos ao banho, antes que a água esfrie.--  Se levantava, pondo a xícara de chá ali mesmo no chão, e pegando também a xícara de Nina, a guiando para o banho. --Quer ajuda no banho? Se não quiser, irei aproveitar para conversar com seu amigo.

<Nina> Nina balançou a cabeça. Levantou-se, deixando a moça levá-la pro banheiro. E, ante a ajuda do banho, ela apenas balançou a cabeça em negação. Afinal, ela queria conversar com o Rubio, então não iria atrapalhar aquilo. Era até melhor. Teria mais chances pra se acalmar.

«!» Assim que ajudava Nina a se levantar, e fechava a porta do banho, indicando onde poderia trancá-lo, se quisesse, e deixando uma roupa para a pequena sobre a cama, a tenente saía do quarto, e ia em direção as escadas, deixando a levent com seus pensamentos.

De volta aos jubans...

«!» Algum tempo se passara. Realmente, era notório que aquele posto estava em péssima situação, não só pelo tipo de guarda que possuía, como o estado das ferramentas. Durante o entra e sai de Rubio pra limpar o saguão, B'hyym' apenas observava deitado. Rubio pode se acalmar, e pouco depois que terminara e sentava-se a um canto, podia ouvir os passos da mulher voltando, agora sem armadura, trajando um vestido de veludo verde escuro, que contratava com sua pele, e destacava o verde de seus olhos. Sobre o vestido, um colar com o brasão da guarda.

<Tenente> --Sua amiga está no banho. Dei-lhe um chá tranquilizante, em algumas horas estará dormindo.-- Falava enquanto descia as escadas. --Agora, me responda: Quer mesmo deixá-la aqui comigo?--

<Rubio> Reparando a aproximação de alguém, levantava a cabeça e via que era a mulher sem o traje que usava antes. Ela dava notícias que me deixavam mais calmo, afinal, ela havia cuidado de Nina. Ao ouvi-la questionar, respondia, com a voz agora mais serena, sem a raiva de antes. --Creio que seja melhor nos separarmos. Ela tem uma missão e eu tenho uma ambição pessoal. Nossos objetivos podem atrapalhar um ao outro, e como disse, quebrei minha promessa. Ela é muito... tímida e frágil para este mundo, ainda mais comigo o outro juban de companhia.

<Tenente> --Mas, para ficar comigo, ela terá que abdicar de sua missão. acha que ela faria isso?

<Rubio> --Abdicar ? Bem, não, acredito que não faria isso. Mas agora eu já não sei mais nada. Ela passou por maus bocados na floresta e agora aqui. Não sei como ela pensaria atualmente. Só quero que ela fique em um lugar seguro ou perto de alguém que cuide dela.

<Tenente> --Pelo que ela me disse, essa pessoa é você. Ela mesma disse, que você conquistou a confiança dela. E vejo que ela tem ótimas razões para tal. Mas, por hora, ela precisa comer e descansar. Venha, me ajude na cozinha, não sou boa nessas coisas.--

<Rubio> --Ela confia em mim ? Creio que não, cara... mulher. Eu tenho convivido com ela e confiança é algo que ainda tenho de conquistar. Ela é insegura e tímida, além de temer muitas coisas. Ela tem bom coração. Eu até posso tentar ser justo, controlado e etc, mas tenho motivos para isso. Não sirvo para isso, não posso ser essa pessoa.-- Dizia já seguindo a mulher sem mesmo me dar conta do que ela tinha pedido. "Ajudar na cozinha ? Eu ?"

<Tenente> Olhava para B'hyym' por um instante, que parecia quieto durante esta pequena conversa. --Ela me disse que ele não conhece civilização, não é? É melhor chamar ele para a cozinha conosco.-- Falava e continuava caminhando para a cozinha. --Sabe me dizer se a pequena come carne?

<B'hyym'> B'hyym' observava as duas criaturas. - Grrrr... - Novamente, não se via intenções agressivas no tom que o B'hyym' emitia, mas não deixava de soar agressivo.

<Rubio> --Bem, sim, é verdade. Ele parece ter sido levado jovem para um lugar onde se divertiam atiçando seus instintos. Então ele não sabe a língua comum e nem mesmo a língua mãe. Quanto à pequena, bem, ela comeu uma vez um pedaço de caça assada, mas creio que ela prefira peixes, ou aves talvez.-- Dizia respondendo às perguntas da mulher. Que as fazia sem parar... Atendendo a sugestão dela, fazia um sinal para que o juban nos seguisse até a cozinha. --Venha amigo, fique junto a nós.

<B'hyym'> E aqueles gestos... - Grrr..enh...grrr...a - Notava-se um "venha" muito mal dito e engasgado. B'hyym' se levantou e seguiu a criatura branca.

«!» Ambos seguiam a mulher, e agora, só no que Rubio pensava, era no estado a pequena levent.
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1 comentários:

Daniel Bueno disse... @ 30 de janeiro de 2015 às 23:02

*surge do nada* Vou deixar isso aqui, um sorriso do B'hyym'
http://boredombash.com/wp-content/uploads/2014/02/smiling-lion.jpg
*desaparece*

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