Toca do Juban Albino™

...e dos Exploradores da Dragon Cave

Diário de Campanha: O pássaro e o leão.

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Ayo!
Mais um capítulo dos Diários de Campanha.
O primeiro que já envolve os dois personagens introduzidos na campanha.


«!» Nina olhava apavorada para a imensa criatura a sua frente, seu machado, seu tamanho, aqueles olhos, aqueles dentes. Rubio por sua vez, encarava a pequena levent, que apenas chorava e tremia, arrastando-se cada vez mais pra trás, como se pudesse atravessar a árvore em que estava encostada.

<Nina> Nina estava com os olhões azuis arregalados, tentando escapulir dali, mas estava batendo as costas na árvore. E na medida que ela não conseguia mais se mexer pra trás, o corpo se encolheu, os braços foram próximos ao rosto numa tentativa pífia de tentar "se defender". Óbvio, ela estava falhando miseravelmente nisso..

<Rubio> A criaturinha a sua frente parecia tão frágil e amedrontada por minha aparência que parecia que se eu falasse algo, morreria de susto. A presença de uma representante daquela raça ali, no meio da floresta era algo de se estranhar, ainda mais pela idade dela. Lembrava-me da viagem de navio até ali, onde conheceu uma levent, Alanha, que me ajudou bastante. --Hmm.. Espere, não te atacarei, veja.-- As palavras saiam desajeitadas, tentando controlar a voz rouca para não espantá-la ainda mais enquanto prendia o machado novamente às costas. --Pronto, nada de machado.

<Nina> Aquilo não fez muito, na verdade. Ela estava realmente em pânico ali, as costas na árvore. E parecia tremer muito de medo. Muito mesmo. Ela estava olhando, ainda apavorada, na direção dele, com uma expressão confusa, apavorada... Ele era a porcaria de um leão humanoide que andava com armas pesadas... Como não ter medo disso??

<Rubio> "Droga não está funcionando... Definitivamente, delicadeza não é meu forte." Dava alguns passos para frente e me sentava à frente da garota --Alguém fez algo contigo, passarinho ? Não vou te fazer nada, juro por Ahogr que não. Mas se alguém fez, vai ter de se ver comigo.

<Nina> Nina estava confusa. Céus, o que estava havendo ali?? Ele... estava, primeiro, tentando dialogar com ela. Um ser estranho estava tentando dialogar com ela, civilizadamente. Tá que a aparência dele era totalmente bestial, e aquilo só a deixava com medo. Muito medo. Mas ele estava sendo civilizado, o que era estranho demais, demais pra cabeça dela ainda tão inocente do mundo.
<Nina> Quando ele perguntou, ele falou de algum nome estranho. Talvez uma fé dele? Tanto fazia. Ela tentava puxar o ar pra falar, e disse, numa voz que ainda demonstrava medo.
<Nina> - ...N-não vai... fazer nada comigo??
<Nina> Ela, agora que estava acreditando que ele realmente tinha um quê de civilização, talvez pudesse considerá-lo um assaltante ou coisa assim. Ou, na mais infima das possiblidades, algo que realmente não faria nada com ela, um simples "transeunte" numa floresta fechada, com cara de leão. Como dito, ínfima.

<Rubio> --Não, juro pela minha vida que não. A menos que sua aparência frágil esteja escondendo sua verdadeira capacidade e tente algo contra mim.-- Pela expressão assustada e desconfiança em minha aparência, é quase certeza de que nunca viu um juban por estas terras. Não era de se esperar que não confiasse em mim, logo assim. Mas pelo visto, minhas palavras começavam a surtir efeito, pois ao menos ela falara algo. --Tem um nome, pequenina ? O que faz numa floresta no meio do nada à essa hora ?

<Nina> Nina estava realmente confusa. Como assim ele não ia fazer nada? Será que a chance ínfima era a real? Não fazia sentido. Ela suspirou. E virou o rosto, dizendo sem graça.
<Nina> - ...Nina. E-eu... s-só estava... P-procurando um lugar pra dormir... ...Tô... tentando ir pra próxima cidade... Só isso, juro..
<Nina> Ela estava ainda assustada com aquilo, claro.

<Rubio> --Nina... Sou Rubio e estava dormindo quando me assustei com o barulho das... aves. Uma criaturinha tão pequena e amedrontada viajando sozinha, numa floresta, tardar da noite ?-- Algo estava estranho, algo aconteceu com ela para chegar ali tão pavorosa. --Hmmm... Eu estava tentando caçar algo, mas pelo visto essa floresta não tem animais -fora eu- então, acho que aqui está segura.

<Nina> Nina olhava pra ele, ainda um pouco assustada. Ela suspirou, e virou o rosto sem graça, dizendo ainda um pouco com voz de medo.
<Nina> - ...P-prazer... ...Prazer, Sr. Rubio... E... obrigada...
<Nina> E ela, realmente, começou a tentar respirar fundo. Numa tentativa de se acalmar. Ele realmente não estava parecendo hostil. E era muito estranho aquilo. Estranho demais. Mas não é mesmo? Talvez pudesse ser aquilo mesmo, ele podia ser só algo que ela não conhecia...

<Rubio> --Haha, não precisa me chamar de senhor, pequena.-- Enquanto falava, o estomago roncava lembrando-me de que não havia comido direito, apenas umas poucas amoras que de nada adiantariam para saciar a fome. --Droga, pelo visto quer que eu morra de fome né Ahogr ? Não precisa ser nada grande, uns coelhos ou codornas servem, mas mande algo logo!

<Nina> Nina suspirava... Ele estava com fome. Ela suspirou. Tá, ele não parecia má pessoa. De verdade. Calma, Nina, acho que tá tudo sob controle... Tudo sob controle... Ela suspirou, e disse.
<Nina> - ...E-eu tenho algo na mochila... P-precisa cozinhar ainda, m-mas p-pelo menos é alguma coisa...
<Nina> Disse, sem graça e ainda olhando pro lado, confusa, enquanto ela apalpou a bolsa, procurando saber se "estava tudo bem", se ela estava ainda com a bolsa...
«!» Apesar de um pouco arrastada, alguns livros quase saindo da bolsa, mas estava tudo ali. O vestido branco, agora tinha pequenos rasgos causados pelos galhos e pela tentativa de fuga, além de estar completamente sujo.

<Rubio> --Bem, não sou bom cozinheiro, afinal, costumo comer carne mal-passada ou crua. Creio que melhor deixar essa parte contigo enquanto tento achar algo mais uma vez. Uma floresta sem animais é algo muito estranho, me sentiria mais seguro se estivesse cheia deles.-- Levantava-me então para mais uma tentativa de encontrar uma presa.

<Nina> Nina suspirou. Ela viu-o se levantar, e ela permaneceu ali no chão. Estava bastante assustada ainda, mas pelo menos, agora achava que ele não iria tentar assaltá-la ou fazer nada com ela. Bom... Pelo menos, não parecia que não... E ele tava com fome, e Talaran, além de uma deusa de cura, também tinha certo quê "com a vida". Ela não poderia deixar aquele moço com fome. Talvez isso fosse o motivo dele não ter feito nada... ... É, faz sentido isso.
<Nina> Nina levantou-se então, ainda com as roupas sujas e os livros quase caindo, estava tudo bem. Ela ajeitou tudo, colocou tudo certinho na bolsa de novo. E tentou fazer novamente uma fogueira, com algumas pedras, gravetos e coisas assim. Ela suspirava. Agora ela tinha que fazer algo melhor... Bom, dizem que a prática que leva a perfeição.. Ela tinha que praticar pra fazer algo melhor... Nina ajeitou os cabelos pra trás, e começou a cozinhar novamente com o que tinha ali...

«!» As mãos ainda tremulas do susto não ajudam em nada a pequena levent a acender a fogueira, e a fome fazia seu estômago roncar. Não lembrava de ter ficado tanto tempo sem comer, mas seu corpo a lembrava da última refeição, há várias horas atrás.

<Nina> Nina suspirou. Estava ainda com medo, as mãos ainda estavam tremendo. Ela não estava conseguindo nem levantar fogo, quanto mais a fazer algo. O estômago dela estava roncando... E ela não tinha comido já faziam horas... Ela não iria conseguir. Sério, era só o primeiro dia, e ela já estava sofrendo daquela forma...

<Nina> Ela suspirou. E tentou de novo. Ela tinha que conseguir acender o fogo, pelo menos isso. Pelo menos isso...

«!» Depois de algumas tentativas, umas pancadas nas mãos, o fogo finalmente era aceso. O juban observava a cena. Era nítida a inexperiência da garota em uma tarefa tão rotineira. Ela retira da bolsa alguns legumes, um pedaço de peixe salgado, e alguns temperos. Aos poucos ia preparando o que parecia um assado.
«!» Com um pouco mais de atenção, o juban consegue ouvir algo a alguns passos. Não era grande, com certeza, mas ao menos podia ser o jantar.

<Nina> Nina suspirou, aliviada. Pronto... pelo menos uma fogueira... As chamas eram pequenas, mas pelo menos, estavam lá. Pelo menos. Ela suspirou. Pegou a panela que tinha, e começou a tentar fazer algo pra eles. Bem simples. Ela não queria queimar nada dessa vez...

<Rubio> Começava a ir na direção do som, tentando dar passos lentos sem espantar seja lá o que fosse até que conseguisse ver o que era meu alvo.

«!» Um arbusto pequeno, era de onde vinha o som. O som era familiar, só poderia ser um coelho ou castor, roendo alguns galhos.
<Rubio> "Um coelho ? Já é algo." Continuava se aproximando devagar para enfim dar um bote em minha presa.

«!» O juban avança lentamente, as pisa em um pequeno galho, e faz com que o coelho saia em dispara.

<Rubio> --Ah, não vai fugir não!-- Começava a correr atrás do pequeno coelho, forçando os músculos para evitar que perdesse o alvo de vista.

«!» Rubio avança rapidamente, e consegue pegar o coelho facilmente. A força empregada pelo juban era tamanha, que ao agarrar o roedor, quebrara o pescoço do mesmo.

<Rubio> --Veja pequena, algo para adicionar no que pretende cozinhar.-- Dizia para a Levent balançando o coelho morto na mão e enquanto caminhava de volta para onde ela está, com as garras ia arrancando o pelo e abrindo o corpo para tirar as vísceras.

<Nina> Nina parecia já bem nervosa só por estar já tentando cozinhar algo. Ela virou-se, e viu ele tirando as vísceras... de um coelho.. Ela quase passou mal com aquilo, virando o rosto, e dizendo num tom cheio de nojo.
<Nina> - ...Obrigada...
<Nina> Ela suspirou. E voltou a dar atenção à comida que ela iria tentar preparar. E perguntou, numa voz baixinha.
<Nina> - ...Sabe onde tem água perto?

<Rubio> Antes de entregar o coelho já limpo, pegava um galho e o espetava no corpo do mesmo. --Tome, acho que ficará bom assado. Água só no poço aqui perto, na beira da estrada.-- Dizia entregando o galho com o coelho para que ela o pusesse para assar.

<Nina> - ...Aquela água barrenta... ...
<Nina> A voz dela minguou a medida que ela falava. Ela pegou o coelho já todo destruído, pelo galho, e sentiu até um pouco de pena do bichinho. E disse.
<Nina> - ...E-eu vou tentar fazer algo bom com isso...
<Nina> "Assim espero", pensou Nina, num suspiro triste. E ela tentou fazer mesmo. Repetindo na sua cabeça, que ela tinha que fazer isso direito... Tinha que fazer direito... E tentou fazer algo bem simples. Tentava não queimar nada...

<Rubio> --Hmm, enquanto isso, estarei deitado.-- E se sentava, próximo à Nina, deitando encostado na árvore para esperar que ela terminasse de cozinhar.

«!» Passados alguns minutos, Nina tinha a impressão que estava pronto. Cenoura, batata, um pedaço de peixe e o coelho. Tudo devidamente temperado, e aparentemente não tinha queimado nada.

<Nina> Nina suspirou. Ok. Cenoura, batata, peixe, e o pobrezinho do coelho. Temperado, e não tinha queimado nada. Ela decidiu então pegar um pedaço da carne do coelho, só pra experimentar, pra ver se não tinha estragado tudo...

«!» Nina sentia o sabor da carne, e logo sentia uma sede imensa, devido ao excesso de sal que colocara.

<Nina> Nina abocanhou aquilo, bem devagar. Só que era claro que tinha dado algo errado. Tinha que ter dado algo errado... Ela engoliu, forçadamente, e choramingou...
<Nina> - ...Estraguei de novo... ..... ....Salgado demais... ...
<Nina> Ela falou, numa voz muito de choro. E de frustração.

<Rubio> O choro de Nina me despertava do cochilo, assustado, pensando que algo estava acontecendo com ela e logo levava a mão às costas procurando o machado. --O que houve? Pequena, está bem ?

<Nina> - ...A-acho que eu estraguei tudo... Que droga...
<Nina> Era nítido o tom de frustração da voz dela. Ela engoliu aquilo, com força. Mas... talvez o resto não estivesse tão salgado... O pior era que agora estava com sede...

<Rubio> --Deixe-me provar.-- Se aproximava e pegava um pedaço da caça, colocando na boca e mastigando. --Hmm... Talvez algumas ervas e estaria ótimo, só sinto um bocado de sal a mais que o normal. Não cozinha tão mal pequena.-- Dizia tentando animar a garota, mas agora estava com um pouco de sede, não era das piores que comeu, apenas, comível.

<Nina> - ...Tá... aguentando comer??
<Nina> Ela parecia confusa. Muito confusa. Como ele conseguia comer algo tão salgado assim??  Bom, a cenoura e as batatas agora estavam boas. Ela tomou um pouquinho de água pra matar a ardência na boca, e começou a comer elas. Graças a Talaran, isso dava pra comer... Tá que ela precisava ainda de um pouco da carne, aquilo só não iria alimentá-la por muito tempo. Ficaria com fome de novo... Ela precisaria aguentar a carne... Ela suspirou. E começou a comer um pouco do peixe, com um pouco da batata e das cenouras. Pelo menos, daria pra alimentá-la...

<Rubio> --Haha, não está tão ruim assim pequena. Imagine que eu já viajo a algum tempo e tive de me virar.-- Enfim tinha uma refeição, algo que desse para saciar a fome por algum tempo. Mas a presença da garota ali, viajando sozinha ainda era estranha. Não poderia deixa-la assim, mesmo que isso significasse perder o rastro de um rumor deveria fazer o que fosse mais honrado e protegê-la para então voltar ao meu objetivo.

«!» Assim, ambos jantavam. Nina agradecia por conseguir por algo no estômago, e Rubio por ter algo para comer. Após a refeição, a pequena quase desmaiara de sono, aninhada sob as asas aconchegada a árvore. O juban recostava-se próximo a pequena, e então cochilava, atento a floresta, enquanto a noite virava dia.
«!» --------------------------------Fim do Capítulo: O pássaro e o leão.----------------------------------------

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