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Diário de Campanha: Introdução de Rubio

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Ayo!
Depois de um tempo sem publicar, volto com mais um Diário de Campanha.
Desta vez, a sessão introdutória daquele que vos 'fala'.

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«!»  Era uma manhã, como vinham sendo as últimas. Andar de uma cidade a outra, a procura de qualquer resquício de sua nação, de seu povo, de sua raça, se provava uma tarefa árdua. Rubio buscava informações, e quase sempre eram infundadas. Era difícil acreditar que não haviam mais jubans pelo continente. Agora, mesmo depois de mais uma frustração, vai no encalço de outra pista.
«!»  O caminho até Filrhen era tranquilo. As caravanas seguiam por ali, algumas o encaravam com certo receio, outras o ignoravam. O sol a pino no céu limpo era seu maior desafio naquele momento.

<Rubio> Não me importava com as pessoas que passavam ou por quem eu passava, só seguia caminhado, começando a ficar cansado e com fome novamente. Havia perdido meu odre e a sede começava a incomodar, principalmente com o calor que era ainda pior debaixo da pelagem albina. Seria bom encontrar um rio, riacho ou alguma fonte que seja de água ou ao menos um local protegido do sol para que descansasse por alguns minutos. --Por Ahogr! Onde foram as malditas nuvens ?-- Berrava para o nada. Só mantinha-se caminhando, atrás de mais rumores...

«!» O caminho, rodeado por uma campina verdejante, era plano, o que conferia ao juban uma melhor resistência e perseverança na caminhada. Após algumas horas de caminhada, ele encontra um pequeno vilarejo. Alguns casebres enfileiravam-se de ambos os lados da estrada, e um maior possuía uma placa deteriorada pelo tempo, mas onde se podia ler a palavra taverna.

<Rubio> "Enfim algo. Obrigado Ahogr, te devo mais essa... Ou será que estamos ficando quites ?" As preces haviam sido atendidas e chegava à um lugar, desconhecido e estranho, mas ao menos onde poderia fazer uma parada. Olhava em volta para tentar descobrir que tipo de vilarejo era e encontrava a placa que lia com dificuldade. --Taverna! Enfim um pouco de bebida e comida.-- Dizia animado enquanto verificava a bolsa de moedas presa à cintura e descobria estar vazia. --Ou talvez um copo d'água. Ninguém negaria um copo d'água a ninguém.-- "Assim espero." E adentrava o local.

«!» O local era humilde, rústico e de higiene duvidosa. Seus ocupantes era apenas um homem ruivo, com roupas de camponês já muito gastas, que jaia sobre uma das mesas do lugar, uma mulher, que com suas vestes e o modo como estava envolta com o camponês, afirmava  sua profissão, e o taverneiro, um homem alto e forte, careca, que lustrava alguns copos, e assim que percebia a entrada de Rubio, o encarava por alguns instantes.

<Taverneiro> --Deseja algo?-- *Falava com um tom grave, e lento, como se o visitante não pudesse compreendê-lo.*

<Rubio> "Pelo jeito, este negaria..." A recepção no local não havia sido das mais amistosas ou 
agradáveis. O local em si não era de todo agradável mas a situação atual não me permitiria escolher algo. --Bem, estive caminhando por uma longa distância. Tudo que preciso é descansar as patas e de um pouco d'água.-- Tentava dizer de modo que não soasse intimidador e que conseguisse melhorar a situação ao meu favor.

<Taverneiro> --Água em um copo, só para os que podem pagar. Se não fizer confusão, eu deixo que descanse por alguns instantes.--*O olhar de desdém que veio junto a primeira frase não parecia natural ao homem, mas este, assim que acabava de falar, se virava em direção a cozinha.*

<Mulher> --Se estiver com muita sede, há um poço, quase no fim da estrada.--*A mulher falava sem encarar o juban, ainda agarrada ao homem, inconsciente ali.* --Não leve a mal o comportamento do meu irmão, são tempos difíceis para nós.--

<Rubio> "Mas que... Se ganhasse uma moeda para cada suposição que faço, estaria menos ferrado do que agora..." Os pensamentos eram interrompidos com a voz da mulher e não havia entendido parte do que era, apenas fragmentos do que ela havia dito e o final. --Para todos nós. Ahogr deve estar de mau-humor... Sobre o poço, onde fica não ouvi direito sobre ele.-- Sentava-me à uma cadeira e desprendia o machado, colocando-o sobre a mesa e esticando as pernas para a frente, relaxando as patas por um instante.

<Mulher> --Alguns minutos de caminhada, antes da estrada se unir a estrada para Filrhen.--*Falava de cabeça baixa, evitando o olhar do juban.*--Não mais que uma hora daqui.--

<Rubio> --Hmm...-- Deixava escapar um som, algo similar a um ronronado, devido a sensação de alívio nos pés que era logo interrompida com as palavras e a expressão da mulher. --Não é longe, mas prefiro descansar mais um instante. Enquanto isso, mulher, pode me dizer algo sobre este lugar ? Ou porque evita olhar-me. Sou tão assustador assim ?-- Dizia em tom calmo, não queria assustar a coitada, ela tentava de alguma forma de me ajudar e tinha de ser justo e ao menos tentar retribuir.

<Mulher> *Ela suspira profundamente, e então vira o rosto para o juban, e ele percebe porque ela não o olhava. Seus olhos eram duas esferas completamente negras, como se a luz fosse sugada para dentro deles.* --Quase todos na vila  ficaram cegos, depois de um acordo com um bruxo corrupto. Quem tinha algumas posses, foi para a cidade, e procurou uma cura. Meu irmão não estava aqui na época, mas ainda temos esperança de conseguir dinheiro o bastante para sair daqui.
<Rubio> --Magia! Grrr... -- Magia era algo que desprezava, exceto as bençãos de Ahogr, que sabia não ser algo natural mas que ajudava. --Sempre há um idiota que usa magia pra se aproveitar e outros idiotas que acreditam nele.-- Deixava o desprezo falar mais alto e as palavras escapavam da boca. Olhava então para a mulher fazendo uma 'careta'. -Desculpe se ofendi, a raiva fala mais alto. Mas odeio magia, nunca ouvi falar coisa boa de quem se mete com isso. O que sabe sobre esse bruxo ?
<Mulher> --Não muito. Eu era muito jovem, muito fútil e muito alienada para me preocupar com problemas da cidade. Só sei que fui uma vítima. E agora, me desculpe, mas tenho que fazer mais algumas tarefas, já que meu cliente aqui não precisa mais dos meus serviços.*Se levantava, e logo o homem tombava para o lado, roncando como um javali sobre o chão imundo. Ela tomava a direção do corredor lateral, que deveria ser a ala "domiciliar" do prédio.*--Descanse, e continue sua viagem, forasteiro. Posso não ver seu rosto, mas sei que sua voz vem do coração. Sinto que seu objetivo pode não estar tão longe quanto pensa.-- *Dizia estas palavras do corredor, já fora do alcance de visão de Rubio. Depois disso, só o ronco do homem era ouvido, e mais nada..*

<Rubio> Dava um riso bobo e esticava-me mais uma vez antes de levantar da cadeira e prender o machado novamente às costas. Não havia conseguido água nem comida, mas informação era bastante útil. Sabia sobre o poço, sobre o bruxo e as palavras da mulher ficavam ecoando na mente. "Sinto que seu objetivo pode não estar tão longe quanto pensa." Isso deixava-me pouco mais otimista, mas lembrar que havia mais caminho sob o sol para andar, me trazia de volta à realidade. "É... Hora de continuar a andar."

«!» O repouso de tão pouco fora de grande ajuda. Já era meio de tarde, o sol já começava a baixar, e algumas nuvens surgiram no céu. A caminhada seguia tranquila até o poço. Estranhamente, Rubio não vira mais nenhuma carroça, carruagem, ou caravana.

<Rubio> "Menos calor e pessoas olhando para mim. Bem melhor assim" Pensava enquanto caminhava, seguia na direção indicada pela mulher para o tal poço e enquanto ia me distanciando do vilarejo observava local à volta pensando em um lugar para passar a noite e como faria pra comer. Cerrava os olhos enquanto movia a cabeça para os lados, procurando algum tipo de animal ou outro vilarejo que parecesse mais 'amistoso' para alguém como eu.

«!» O poço se encontrava, como a mulher lhe havia dito, no entroncamento da pequena estrada com a grande estrada que ligava Thornea e Filrhen. Havia uma pequena floresta a frente, talvez fosse possível encontrar caça, ou ao menos algumas frutas.

<Rubio> Chegando ao local, tratava de ir direto ao poço para saber se havia água 'bebível' e algum tipo de caçamba. --Enfim cheguei! Ou ela errou no cálculo ou andei mais devagar que devia, mas ainda assim, devo uma àquela mulher.

«!» A água não era a mais pura que bebera, como era possível notar pelo lodo que havia no balde que era usado para puxar a água do fundo do poço, com o auxílio de uma corda, mas ao menos deveria refrescar o calor que sentia.

<Rubio> Sem ter do que reclamar, pois não via outra escolha, tomava uma caçamba para matar a sede e com mais outra jogava sobre o corpo, molhando a cabeça, juba e parte do tronco que era chacoalhado para tirar o excesso. Logo dava uma boa olhada para a floresta e resolvia adentrar para caçar minha próxima refeição.

«!» A floresta era parca e Rubio não via muita movimentação de animais. Ouvia alguns pássaros mais ao longe, e conforme ele caminhava por entre as poucas árvores, e via alguns arbustos, mas que parecesse o rastro ou movimento de um animal.

<Rubio> --Que ótimo, uma floresta sem animais. Ao menos uma árvore com frutas deve haver. TEM de haver!-- Dizia um tanto frustrado e um tanto irritado, culpa da fome que ia aumentando e o estômago roncava mais uma vez, agora cheio de água.

«!» Com muito esforço, o juban encontra, por entre alguns arbustos, amoras silvestres. Não era muito, mas era um começo.

<Rubio> --Amoras... Faz tempo que não como. Nem lembro se gosto disso, mas é o que tem.-- Agachava ao lado da amoreira e começava a comer. "Estão bem maduras, doces e ao menos ainda gosto delas."

«!» A refeição só aumentava ainda mais o apetite do juban, porém lhe tirava parte do mal estar por tanto tempo sem comer. O sol acabava de se por, e a escuridão da noite começava a surgir.

<Rubio> "Caminhar para outra cidade, sem ter como pagar por comida ou estadia não é boa ideia. Melhor ficar por aqui, descansar mais um pouco e esperar. Uma hora algo vai passar por aqui e este será meu jantar." Procurava uma árvore para recostar-me e então deitava sob a copa larga de uma qualquer que estava por perto, o machado ficava no colo e as mãos não largavam ele. Se escutasse algo, estaria preparado.

«!» O cansaço do dia, a fome, e a temperatura que começava a baixar, somados ao silêncio daquela floresta, impediam o juban de observar tudo com clareza. O corpo começava a dar sinais de sono. Apenas uma ou duas corujas eram ouvidas piando ao longe.

<Rubio> "Maldição... melhor dormir então" Pensava comigo e me virava para cochilar.

«!» O corpo se entregava ao soo quase que imediatamente, fazendo-o relaxar profundamente. Ao menos dormir ele poderia em paz.
«!» Um barulho de algo entre galhos desperta Rubio, que acorda a tempo de ver alguns pássaros fugirem.

<Rubio> --Grrr... Pássaros, voando à essa hora ?-- De um salto, punha-me de pé, empunhando o machado em ambas as mãos, encostado à arvore enquanto tentava achar o que afugentou as aves que me despertaram.

«!» Encostado contra a árvore, não era possível ver nada. Os pássaros pareciam vir de algum lugar por trás da árvore.

<Rubio> Começava a rodear a árvore, protegendo a retaguarda mantendo-me próximo a ela.

«!» Lentamente, o juban ia ganhando a visão de onde vieram os pássaros. Havia alguns galhos quebrados pouco antes da clareira em que se encontrava a árvore que lhe servia de apoio e refúgio. Não tinha certeza do que via,mas algumas moitas mais a frente pareciam abrigar algo que se mexia, ou tremia.

<Rubio> "Mandou minha janta, Ahogr ? Ficou com pena e resolveu ajudar ?" Com a arma empunhada, começava a caminhar na direção dos arbustos, tentando não chamar a atenção ou espantar seja lá o que fosse.

«!» O juban aproximava-se da moita, e já conseguia visualizar algumas penas brancas, quando pisava em alguns galhos secos, ao mesmo tempo em que a criatura o olhava com imensos olhos azuis.

<Rubio> "Eu penso que vai me ajudar e me manda... isso! Que diabos é isso, Ahogr ? Está caçoando de mim, seja lá onde estiver né ?" Me aproximava mais um pouco para tentar entender o que era a criatura.

«!» A criatura rapidamente, e sem nenhum cuidado, se arrastava por trás das moitas, até que ficava presa entre uma árvore e o juban. Tremia de medo, e já sem nenhuma outra escolha, entrava em prantos. O rosto apavorado olhando para o juban, com um pedido de clemência no olhar.
«!» --------------------------------------------------Fim Intro Rubio--------------------------------------------

1 comentários:

Odin disse... @ 10 de setembro de 2014 às 14:27

Salve, nobre leão!

Gostei muito de vossa toca, e a coloquei entre os irmãos de armas de meus Salões.

Que os deuses da caçada estejam convosco!

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